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foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/clubemin/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114O ano é 1942, no começo. Nosso personagem é um menino de 12 anos, Sergio Rubens Câmara, apaixonado por corridas e bicicletas. Apos uma prova de ciclismo realizada no Palestra Itália, pouco antes de Getúlio Vargas determinar que nenhum clube brasileiro poderia ter nome estrangeiro, ainda mais ser ligado ao “Eixo”, e o clube passa a ser denominado Palmeiras, Sérgio recebe um convite inesperado, vindo de um amigo de seu pai: pilotar um mini carro, mais precisamente um mini Bugatti ali mesmo, na pista de atletismo do clube, durante uma apresentação ao publico ali presente. Sérgio aceitou a proposta, cuja ideia inicial era de uma ou duas voltas. Muitas voltas depois, praticamente obrigado a parar o carro, nosso quase ex-ciclista e potencial piloto de mini carros finalmente encostou a “Bugattinha”, todo sujo de pó da pista mais incorporando o sentimento que só uma criança que acaba de curtir muito um brinquedo novo tem. Este fato foi a semente da idéia de produzir um mini carro.
Viajamos ate os anos 1960, Sérgio agora é um jovem empreendedor e atua como pioneiro no ramo de lojas de escapamentos para carros, após ter trabalhado em projetos de construção civil por algum tempo. Comanda um estabelecimento no bairro do Jabaquara, na capital de São Paulo. Vieram as obras do metro ( para quem não conhece, neste bairro fica o terminal sul do metro, ocupando grande área com pátios e oficinas para as composições) e Sérgio acabou mudando sua loja para o bairro de Moema, mais precisamente na Alameda dos Maracatins, que ficou conhecida por concentrar oficinas, loja de acessórios famosas e outras ligadas ao mundo do automóvel ate os anos 1970. Vizinha a nova loja estava a oficina de motores de competição de Aventino “Tino” Gallone, que acabou, por força dos gostos semelhantes, criando uma forte amizade com Sérgio. Numa conversa Sérgio ouviu de Tino que este havia trabalhado com João Augusto Conrado do Amaral Gurgel ( ou simplesmente Gurgel, imortalizado na historia automotiva brasileira entre outros por seus “jipes”com motor VW), especificamente na produção de uma miniatura do Karmann-Guia conversível. Foi o suficiente para o Sérgio voltar no tempo e “sentar”de novo no Bugatti, lá no Palestra Itália…
Começara, então os projetos, e não podia ser uma “miniatura”qualquer, pois já existiam fabricantes atuando no ramo, como a AVL e seus mini-Puma e Marco GTO. A escolha foi fazer uma mini Ferrari, inspirada nas 250 LM.
Nova Decada
No inicio de 1970 começaram os trabalhos de de desenvolvimento dos projetos técnicos do modelo. Em meados daquele ano já havia um protótipo pronto, com chassi tubular e motor Pasco de Lambretta, porem estacionário, fornecido pela Cia. Industrial Pasco Lambretta – Pasco é a redução de Pascowitch, nome do proprietário da empresa desde sua implantação. No final do ano a empresa participou do VII salão do Automóvel entre 21 de novembro e 6 de dezembro, disputando a preferencia das crianças, que arrastavam seus pais pela mão para ver as “ferrarinhas”. Clique na imagem para mais fotos.
O carro era produzido em sistema de linha de montagem, inicialmente no andar superior da loja de Sérgio, posteriormente transferida para a Alameda dos Jamaris, também no bairro de Moema, em São Paulo, atingindo aí a produção mensal de 20 unidades. Os modelos de produção eram mais sofisticados em relação aos primeiros protótipos, contando então com suspensão dianteira por molas helicoidais e feixe de molas na traseira; caixa de direção com pinhão e cremalheira e freios traseiros a tambor. O sistema de tração tem marcha à frente e a ré, alem de um ponto morto. Trata-se de um sistema interessante, que funciona por meio de uma alavanca de cambio como nos carros de verdade, acionando um conjunto de polias no eixo traseiro. o Carro tem 1 metro de largura, 77 centímetros de altura , 2,4 metros de comprimento e cerca de 160 kg de peso, enquanto o motor de 200 cm³ . Faróis e lanternas são funcionais. Clique na imagem para mais fotos da fabrica
Entre 1970 e 1973 foram produzidos mais de 200 carros, que fizeram crianças sorrir do mesmo modo que Sérgio 30 anos antes. Também deu dor de cabeça a muitos pais, pois era um “presente” caro, custando quase a metade de um VW fusca na época.
Sérgio conta que em 1973, um garoto que guiava um mini-buggy pelas ruas dos Jardins, região nobre da capital paulista, e quase provocou uma tragedia, envolvendo-se num acidente com um automóvel conduzido pela mulher, justamente esposa de um juiz de menores, o que acabou gerando tamanha comoção que culminou com a proibição expressa de menores no comando de quaisquer veículos motorizados. Foi o suficiente para a redução drástica na demanda pelos mini carros de Sérgio, ainda que estes estivesse como foco locais fechados e as competições entre os pequenos proprietários, uma especie de “vestibular” do kart. Nesta época já havia negociações encaminhadas para exportação dos mini carros, incluindo seis unidades embarcados para avaliação nos Estados Unidos, além de outras para diferentes países. A recepção nos EUA foi muito boa, mas logo ocorreu uma troca de comando na empresa importadora, o que atrasou consideravelmente a colocação dos pedidos firmes, o que ocorreu após o encerramento das atividades da “montadora” brasileira, em novembro de 1973. Uma pena, pois era um mini carro bem projetado e produzido. Acabou ai o sonho da mini Ferrari. Clique na imagem para mais fotos das corridas de mini carros
De Repente, de Volta
Em 2006 o filho de Sérgio recebeu um telefonema de um amigo informado que tinha visto numa revista uma foto de uma mini Ferrari à venda. Ao saber do fato, Sérgio contatou o vendedor e negociou a compra do modelo, finalizada pelo genro de Sérgio, apreciador de carros antigos e interessado neste pedaço da historia da família.
De volta às mãos de seu criador, o carro; que estaca e excelente condição, foi para a pequena oficina que Sérgio mantem em casa, na cidade de Jundiaí, SP, onde foi desmontado e quase completamente refeito, com restauração do chassi e da mecânica nos padrões “de fabrica”, que só quem produziu conhece. Nesta oficina Sérgio, hoje com 78 anos, cuida da restauração de um modelo que mantem desde novo, e que foi usado por seu filho em competições realizadas entre outros no kartódromo de Interlagos ou no Parque do Ibirapuera, e em breve será apresentado aos netos.
Além deste modelo, Sérgio produziu um mini formula 1 também inspirado na marca italiana, mais precisamente no modelo 312B de 1970, dos quais cerca de 30 unidades foram fabricadas. Um foi para a Itália na bagagem de Tino Gallone. Das demais ão há noticias. Clique na imagem para mais fotos do Mini Formula 1
Escrito por Rubens Caruso Junior